Mundialmente conhecido, o processo de pintura por eletrodeposição é chamado de E-Coat. Do inglês, Coat vem de Coating que significa cobertura/recobrimento, e o E faz relação à Electrophoretic/Electrodeposition painting, que significa pintura por eletrofosere ou por eletrodeposição. O processo de pintura E-Coat também é conhecido como KTL – do alemão Kathodische Tauch Lackierung, que significa pintura catódica por imersão – ou pela sigla ED – EletroDeposição.

O E-Coat pode ser definido como um fundo (primer) de imersão à base de água, o qual é aplicado em peças metálicas sob a ação de uma corrente elétrica. Em sua formulação, a tinta E-Coat contém resinas com grupamentos químicos terminais que, sob indução elétrica (condutividade), apresentarão carga elétrica positiva ou negativa, sendo atraídas pelo substrato a ser pintado e que deverá apresentar carga elétrica oposta à da tinta. No Brasil as pinturas são do tipo catódicas, onde a carga do banho é positiva e a peça metálica, negativa.

Um pouco de história…

Em 1930 ocorreu o primeiro uso da eletrodeposição para aplicação de um revestimento orgânico sobre superfície metálica. O processo era utilizado para aplicar uma emulsão orgânica (látex) em embalagens para alimentos (latas de ferro).

Na década de 1960 a tecnologia foi inserida no contexto da indústria automotiva, primeiramente com pintura anódica pela Ford Motor Company, por apresentar destaque positivo nos seguintes quesitos:

• Segurança pelo seu baixo uso de solventes;
• Ambiental por se tratar de uma tecnologia menos poluente à base de água;
• Qualidade graças ao seu desempenho protetivo com uniformidade de camada, evitando-se assim a temida corrosão.

Em 1971 a pintura catódica foi introduzida na indústria de auto-peças e, logo depois, nas indústrias montadoras de automóveis e até hoje é uma tecnologia de presença mundial, com produtos e processos cada vez mais inovadores e sustentáveis.